Maria! Não Me Mates, que Sou Tua Mãe! foi publicado, pela primeira vez, num folheto de 16 páginas em edição de autor e sob anonimato, em 1848. Terá sido inspirado num crime que aconteceu em Lisboa envolvendo uma tal de Maria José, filha de Agostinho José e Matilde Rosária da Luz. O sensacionalismo da narrativa e o tom deveras moralizante - com resultados perfeitamente humorísticos para o leitor atual - fizeram desta publicação um sucesso popular na sua época e uma obra de culto posteriormente. De facto, este relato hoje poderá ser lido na esteira da literatura do macabro, elevando esta Maria à melhor galeria de malfeitores da literatura portuguesa. A adaptação teatral do folheto tempera o macabro e a ânsia sanguinolenta dos protagonistas, a inocente Maria José e o diabólico e José Maria, com muito humor (até porque não tínhamos dinheiro para efeitos especiais), música, danças e um final inesperado e surpreendente, fiel ao espírito das obras camilianas (e como o Camilo, até gozamos com o Almeida Garrrett).

Atores:

Aleksandra Miodowska
Artur Antecki
Daniela Capillé
Dorota Gryka
Gabriela Badowska
Jakub Jankowski
Katarzyna Piwowarczyk
Krzysztof Pawlikowski
Maria Mrowińska
Olga Borkowska
Paulina Dadas
Piotr Majewski
Piotr Stasiewski

Luzes e som: Karol Borowiecki

Guarda-roupa: Marta Michalunio

Cenário: Margarida Gama
Texto original: Camilo Castelo Branco

Adaptação e encenação: José Carlos Dias

A peça foi apresentada em: VARSÓVIA (06/2004) e (12/2004)